quarta-feira, 21 de abril de 2010

Começos sem fins

Chego a um ponto fundamental do meu próprio fazer literário. Tenho vontade de escrever sobre tudo. Milhares de assuntos borbulham na mente. Isso mesmo, a mente, o consciente, a razão. Ela tenta me convencer de que devo transpor ao papel uma séria análise sobre a situação politico-econômica do país em tempos de eleição, ou até mesmo uma denúncia de comportamentos presentes nas rodas da sociedade. Só que os anseios da alma ultrapassam as barreiras do inteligível, sucumbindo quaisquer tentativas do pensamento. O resultado disso é uma pasta com inúmeros textos inacabados, pois o mais importante lhes falta, a essência. Essência essa que hoje me faz mergulhar na metalinguagem com o único objetivo de a mim encontrar, já que a falta alheia traz com ela o vazio próprio. Contudo, a ausência mais profunda é a interior, mesmo que tudo não passe de uma partícula diminuta do que já foi. Mesmo que tudo seja insignificante diante do inexorável, se é que eleexiste. Prefiro parar por aqui. Nada faz sentido. Perdão. Talvez não haja mesmo fins para certos começos.
(Ouvindo: I can't live without your love - Dan Torres.)

sábado, 17 de abril de 2010

dor singela

dói tanto, tanto...
até quando seco já é o pranto
dói o peito, dói a alma
dói o ego, dói a fala
dói a cabeça, a respiração
antes suave, agora vulcão
dói muito, dói demais
dor, só quero paz!


Ouvindo: Lanterna dos Afogados(Os Paralamas do Sucesso)

domingo, 4 de abril de 2010

Island of loneliness

Como a maré balança o veleiro, assim afloro o que hoje incomoda. Para lá, para cá, não sei onde vou parar.Talvez seja o êxtase do ócio; se criativo, não sei. Há, contudo, algo de nobre nesse momento, pois é quando se pode esvaziar do mundo,aos poucos, até que sobre apenas si mesmo. Nesse ponto começam os problemas, já que, em algumas vezes, o que resta pode não agradar ao examinador. Foi num desses momentos, que aliás, tem sido muito recorrente nos últimos dias, que me deparei com um monstro: a soberba. Ela faz parte de mim. Tão intrínseco quanto meu sorriso ou minhas tendências sociais. A mesma que infla o ego e deleita pela grandeza suposta, também afasta pessoas, magoa corações. Mas e se ela for velada? Pior ainda. Causa desnível nas relações; enquanto um derrama um mar do próprio interior, o outro se coloca um degrau acima, seja para a crítica, seja para o desdém. Perde-se intensidade, cumplicidade, a vida! Ou pelo menos parte dela. O ser soberbo torna-se uma ilha, onde dificilmente alguém consegue chegar, amar. Mas a soberba tem lá seus níveis. Cuido para que em mim exista somente o necessário. Antes fosse só chato, como dizem por aí. Não, sou soberbo e não me orgulho disso. E você, que monstros guarda?

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l=Ouvindo: Lindeza - CaetanoVeloso / I just called to say I love you - Stevie Wonder=l

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Opiniões Mudadas Sobre Tudo (I)

Essa semana fiquei meio perdido em meus devaneios. Talvez o turbilhão de possibilidades referentes ao futuro possa ter mexido um pouco comigo, não sei. Mas foi em um desses momentos que eu conclui algo que considero ser uma das conjecturas mais importantes que já esclareci a mim mesmo.
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No começo desse ano tive a oportunidade de conhecer várias pessoas. E a primeira coisa que se faz quando alguém lhe é apresentado, é traçar um estereótipo desse alguém. Como não me excluo do grupo humanos, é o que também faço, ou fazia. Sei lá! O fato é que o primeiro contato que tive com Fulana e Ciclana tinha sido suficiente para que eu decidisse que não queria papo os tipinhos. Bastaram duas semanas para que, gradualmente, minha concepção iniciasse um processo de modificação.
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Eu sempre dizia que a primeira impressão é que era a verdadeira e que a mudança de opinião era baseada na convivência, sendo, portanto, produto de um certo tipo de intimidade. Entretanto, depois acumular algumas experiências, percebi que o contrário poderia ser verossímel. Mais ainda, que os juízos prévios eram prejudiciais, haja vista a perda de trocas pessoais quando interrompemos uma relação. Decidi que só formaria opinião sobre pessoas após conseguir falar algo bom delas. Talvez seja um tanto quanto utópico, mas dessa forma eu me dou a oportunidade de ser conquistado.
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Engraçadas são as justificativas que tentamos encontrar quando gostamos de alguém!
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Alinhar ao centroAh! que nada!
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Ouvindo: Levitar - Circuladô de Fulô

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Prólogo de Reestreia

Definitivamente ainda não me acostumei com as mudanças do acordo ortográfico. Ditongo aberto pede um toque estilístico! Mas enfim, foi-se o glamour. Frustrações à parte, é com muita satisfação, por mais piegas que possa parecer, que eu reinicio os trabalhos aqui no blog. Aqui eu me sinto à vontade pra dizer o que quer que seja, mas como um bom escravo de cronos, estava com dificuldades em manter assiduidade aqui. Além disso, minhas perspectivas mudaram um pouco. Nada que comprometa a essência, garanto(talvez não possa garantir tanto assim). Outro dia estava relendo as crônicas velhas e senti que eram um tanto quanto anacrônicas(sem trocadilho!) com o período em que eu estou vivendo. Isso foi um dos motivos pelo qual eu resolvi deletar os posts antigos. Mas espero que continuem acompanhando o blog e compartilhando das minhas ideias("é sem acento!") viajantes... Bjão!

Ouvindo: É festa - Simone.